A Espanha está nas semi-finais da UEFA Euro 2008. Após as eliminações de Portugal e Holanda, equipes que se destacaram na primeira fase, muitos apontavam que a tradição da Azurra falaria mais alto e a Espanha, outro time com um bonito futebol na fase de grupos, seria eliminada. Historicamente, a seleção espanhola é conhecida por sempre morrer na praia, mesmo quando parece que tem tudo para seguir em frente.
Era esse o caso do jogo de hoje. Mas, em uma competição como essa, nunca é fácil enfrentar os italianos, que sabem se defender muito bem. Exemplo disso é que, mesmo sem os dois principais zagueiros - Fabio Cannavaro e Alessandro Nesta - a Itália soube se postar defensivamente, não dando muito espaço para os perigosos Fernando Torres e Davi Villa. No caso de hoje, é bom destacar a versatilidade de Zambrotta, que atua em qualquer uma das laterais, e, sobretudo, a dupla de zaga Panucci e Chiellini. O último, jogador da Juventus, era reserva de Zambrotta no time de Turim e ganhou a vaga assim que o então titular (e que hoje pertence ao Milan) se mandou para o Barcelona. Com maior espaço na Juve, foi convocado para ser opção para a lateral esquerda (sua posição de origem). Mas, a exemplo do que já havia acontecido na prórpia Juve, foi deslocado para a zaga. E hoje, foi um dos melhores em campo. Ganhava todas as divididas, todas as bolas pelo alto... foi soberano em campo!
O jogo em si foi dominado pela Espanha. As ausências de Pirlo e Gattuso contribuíram. Pelo lado da Fúria, Villa - que vinha sendo o principal nome espanhol na competição, estava apagado. Em contrapartida, o meio campo comandado pelo brasileiro Marcos Senna dominava as ações.
Na segunda etapa, a Itália ainda ficou mais perigosa com a entrada de Camoranesi, que quase anotou um gol, mas foi impedido graças à uma grande defesa do goleiro Casillas. Aliás, os dois goleiros eram um espetáculo a parte. De um lado, o arqueiro do Real Madrid, de apenas 27 anos, mas com uma grande experiência internacional. Do outro, Buffon, considerado por muitos como o melhor do mundo. Mas até mesmo o goleiro italiano, que raramente faz bobagens, falhou. Após um venenoso chute de Marcos Senna, a bola escapou dos braços do goleiro e parou na trave.
Mesmo com o domínio espanhol, o jogo carecia de oportunidades claras de gol. Após 90 minutos de igualdade, o jogo foi para a prorrogação. Roberto Donadoni, após esperar demais, finalmente colocou Alessandro Del Piero em campo. E, coincidência ou não, na única vez que o craque pegou na bola, aconteceu um lance de perigo.
O jogo se encaminhou para as penalidades. Qualquer um dos dois grandes goleiros que estavam em campo se consagraria. Ambos pegaram pênaltis, mas quem levou a melhor foi o espanhol, que defendeu as cobraças de De Rossi e Di Natale, garantindo a classificação da sua seleção às semifinais da Eurocopa.
Agora, os duelos estão definidos: na quarta-feira, às 15:45, a Alemanha enfrenta a Turquia. A outra vaga na final sai do confronto entre Rússia e Espanha, que jogam na quinta-feira, no mesmo horário.
2 comentários:
A Itália não foi a Itália. E a Espanha não foi a Espanha!
nao foi mesmo, pq a espanha sempre amarela na hora H, mas eu continuo apostando minhas fichas na Alemanha.
GO Germany!!!
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